VITÓRIO ROSÁRIO CARDOSO

O socialismo tal como todas as outras utopias dos amanhãs cantantes têm em tudo similitudes com estados totais de toxicodependência, porque como comprovados pelo balão de ensaio das ciências sociais que se dá pelo nome de História, o marxismo resultou ser uma substância tóxica, viciante para os seus crentes e sobretudo por criar efeitos de alucinação perante a realidade, pelo menos em Portugal.

Tal como com a introdução do ópio na China, a introdução do marxismo em Portugal por potências estrangeiras levou a que o País passasse a viver vários momentos do mais humilhante na sua História, abrindo por três vezes portas para situações que só viriam a recordar as eras dos tratados desiguais anglo-chineses e que para Portugal se revestiu de nome de “troika” ou de intervenção externa.

José Sócrates Pinto de Sousa soube desde sempre injectar doses de cavalo de propaganda através do seu grupo próximo de viciados no socialismo, e passados alguns anos, para uma maior higienização da memória nacional é tempo de recordar alguns dos métodos utilizados para tentar entorpecer e alucinar toda uma nação.

Há dez anos José Sócrates Pinto de Sousa, que tinha ao seu lado o mais fiel número dois António Costa, fizera nomear para administrar a agência noticiosa nacional a pessoa de mais de quatro décadas de confiança pessoal, e também conhecida pela ligação ao meio dos viciados socialistas em Macau, uma minoria que vai mantendo o monopólio da opinião esquerdizante publicada neste enclave de Língua Portuguesa.

A partir desse momento iniciou-se o mais longo desastre de ciclos e ciclos de vício, de desespero, de doença ideológica e ressaca socialista, e tudo em nome do socratismo.

Em boa hora e por denúncia interna da agência houve quem me fizesse chegar há dois anos um interessante documento que merece ser partilhado hoje e aos poucos, e que se dá pelo nome de código “prego”, e descrito como um “(Tributo da Lusa àquele que, vindo do nada, ousou mudar as modas no jornalismo de agência, as regras da indústria da moda e questionar o papel do duche na sociabilidade e urbanidade)”, em que se destacam os fretes poéticos de um dos responsáveis pela direcção de informação da Agência ao hoje recluso número 44 de Évora, à PT de Zeinal Bava, com autênticos tratados de geoestratégia, e destaque à solidariedade e espírito ‘junkies’ recuperados à volta de torneios mundiais de futebol de rua na Austrália e às expensas dos contribuintes portugueses para pagarem as escalas em Macau:

“Número de Documento: 6043139

Lisboa 04/05/2006 00:00 (LUSA)

Temas: Economia, Negócios e Finanças

Lisboa, 04 Mai (Lusa) – A Entidade Reguladora da Comunicação Social aprovou hoje as nomeações de Luís Miguel Viana como Director de Informação e de Paulo Rêgo como Director-Adjunto da Agência Lusa, anunciou hoje o organismo. (…)

A ERC pediu esclarecimentos adicionais sobre Paulo Rêgo antes de divulgar o parecer, devido à ligação do jornalista a uma empresa de trading, na qual tem exercido “uma actividade comercial susceptível de ser incompatível” com a função de jornalista.

Mas a entidade decidiu-se pelo parecer favorável a Paulo Rêgo, depois de o jornalista ter assegurado que cessou a actividade comercial na sequência do convite para a Direcção da Lusa.

Paulo Rêgo, 38 anos, é jornalista desde 1989, passou pelas redacções da TSF, Rádio Renascença, Diário de Notícias, 24 Horas e Rádio Macau.”

Parte um. Novas realidades, novos formatos

“BPN: Cavaco Silva publica nota contra “tentativas de associar” o seu nome ao banco.

Lisboa, 23 Nov (Lusa) – Cavaco Silva mandou publicar hoje no ‘site’ da Presidência da República uma nota oficial demarcando-se de qualquer ligação ou envolvimento em negócios, prestação de serviço ou mesmo empréstimos relacionados com o Banco Português de Negócios, envolvido em alegados escândalos financeiros que levaram já à detenção do seu antigo responsável, Oliveira e Costa. A Presidência da República esclarece que detectou essa “tentativa de associar” Cavaco Silva ao BPN, face a contactos para esclarecimentos, nesse sentido, “estabelecidos por jornalistas”, motivo que levou Cavaco Silva a publicar esta nota, tendo feito chegar à Agência Lusa o desejo que ela fosse publicada na íntegra”

Parte dois. O Comunicado – lido e reinventado

“Turismo: Nova campanha com caras mediáticas e fotógrafos de prestígio para “vender” Portugal em tempos de crise

Lisboa, 19 Out (Lusa) – O Turismo de Portugal deverá anunciar até final do ano nova campanha de visibilidade internacional, contratando “fotógrafos de prestígio internacional”, lê-se hoje num comunicado que desmente ter sido já escolhido o norte-americano Steven Klein, nome avançado por alguma imprensa.”

Parte três. Palavras que tocam e trocam de grafia

“Eduardo Prado Coelho tinha “escrita iluminante” e ajudou Portugal a pensar a contemporaniedade – ministra da Cultura.

“Valorizo muito essa capacidade de estar presente, se quiser, nesses dois mundos”, frisa Isabel Pires de Lima, elogiando, nesse contexto, “a sua capacidade de cruzar vários saberes – filosofia, literatura, antropologia, literatura… O seu permanente contacto com todas estas áreas do saber fez dele uma figura preponderante, dissiminadora e até iluminante”.

A ministra da Cultura recorda ainda Eduardo Prado Coelho como alguém que “esteve sempre muito atento à arte e ao pensamento contemporânio português”, com quem “Portugal aprendeu a pensar a sua contemporaniedade”.”

Parte quatro. Entrevistador

“Por Paulo Rego, enviado da Agência Lusa

Nova Deli, 30 Nov (Lusa) – O desenvolvimento económico da China e da Índia, segundo o ministro português da Economia, “é o acontecimento mais importante dos últimos 20 anos”. E se traz “problemas de concorrência”, abre também “um mundo de fantásticas oportunidades”.

Em entrevista à agência Lusa, na transição da Cimeira União Europeia/China, que decorreu na quarta-feira em Pequim, e a Cimeira União Europeia/Índia, que se iniciou hoje em Nova Deli, Manuel Pinho recorda que “a indústria transformadora europeia é a mais competitiva do mundo” e que os dois maiores mercados asiáticos representam “um mundo de oportunidades, a tantos níveis, que nem vale a pena identificar este ou aquele sector específico”, mensagem que seria “redutora”, defende.”

Parte cinco. Do jornalismo para a poética é um salto

“Paulo Rego, da Agência Lusa

Melbourne, Austrália, 01 Dez (Lusa) – O salto que dão na vida, para lá da pobreza, do estigma e da solidão, é bem maior que a distância entre Lisboa e Melbourne, onde Portugal conquistou hoje a primeira vitória no Mundial de Futebol de Rua.”

Parte seis. A poética ao serviço das novas tecnologias

“Lisboa, 16 Mai (Lusa) – A fibra óptica, estendida ao cliente final, que a PT anunciou quinta-feira como salto quântico na distribuição de imagem, voz e internet (MEO), dar-lhe-á vantagem futura na sociedade multimédia, que um dia consumirá 1 gigabite (GB) por segundo, ou mais, contra os 100 megabites dos sistemas híbridos actuais, montados sobre cobre (PT e Clix) ou cabo coaxial (ZON e Cabo Visão).”

“Por Paulo Rêgo, da agência Lusa

Corning, EUA, 08 Mai (Lusa) – O presidente executivo da PT, Zeinal Bava, assinou hoje uma parceria entre a operadora e a Corning, empresa sediada a 400 quilómetros de Nova Iorque, projectando para Portugal uma “posição de liderança” na produção e consumo multimédia através de rede de fibra óptica que sirva a casa de cada português.”

Parte sete. O jornalista como fonte

“Lisboa, 09 Jan (Lusa) – A agência de notícias Lusa acaba de lançar para o mercado externo, com especial aposta no Brasil, um novo serviço através da internet, anunciou a administração da empresa. A Lusa, que anteriormente detinha os ‘sites’ Lusa Brasil e Lusa Ásia, decidiu criar um novo produto denominado Lusa@fonia. Este ‘site’ “está vedado ao público em geral ao contrário dos extintos Lusa Brasil e Lusa Ásia”, disse Paulo Rego, adjunto da administração da agência Lusa.”

Parte 8. Geoestratégia

“Paulo Rego, enviado da Agência Lusa

Nova Deli, 29 Nov (Lusa) – O ministro indiano do comércio, Kamal Nath, recebeu hoje José Sócrates em Nova Deli com descontracção e humor, pedindo-lhe que revelasse “o segredo para um governo que, ao mesmo tempo, implanta reformas e mantém boas taxas de popularidade”.

Estes foram os excertos noticiosos da responsabilidade de quem envergonhou Portugal. Esta é igualmente uma história de amor que faz lembrar o melhor do filme “Trainspotting”, onde o ex-amor que editava economia na era Sócrates poderá estar a preparar o reencontro no Oriente se for escolhida para assumir o comando da delegação da Agência Lusa em Macau.

A nova administração da Agência LUSA está de parabéns pelas opções tomadas, com a decisão de não renovar o contrato do ainda delegado da LUSA em Macau e a de vender o apartamento milionário que tão bem escondido andava das contas da Agência, e assim, restituiu-se parcialmente a credibilidade, dignidade e o bom senso na gestão de uma instituição tão importante e estratégica não só para Portugal mas para todo o mundo de Língua Portuguesa.

Tal como referido pelo Conselheiro das Comunidades Portuguesas, Comendador José Pereira Coutinho, à imprensa portuguesa “cabe ao governo português avaliar toda esta situação da delegação da Agência LUSA em Macau” nomeadamente com o funcionamento da delegação nos espaços do Consulado-Geral de Portugal em Macau ou da publicidade dos casinos e do governo chinês de Macau na página electrónica da LUSA.