Quando a incompetência impera

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A máquina socialista, até agora com o apoio da extrema-esquerda, tem funcionado exemplarmente, nomeadamente no que diz respeito ao apoio da Comunicação Social que, desavergonhadamente, faz o papel de “papagaio da informação” ao invés de desempenhar o papel inerente ao jornalismo, isto é, informar de forma isenta, denunciar e defender princípios, desde logo o inerente à sua actividade.

Infelizmente, o que se passa, é precisamente o oposto. O descaramento atingiu tal ponto que o Partido Socialista no Poder ofereceu quinze milhões de euros aos ditos cujos, com a desculpa de que a Comunicação é fundamental à democracia. Eu, perante tal gesto e os episódios subsequentes – silenciamento de jornalistas e comentadores – diria que é “fundamental” apenas ao Partido Socialista e ao Governo. O que na verdade é fundamental para a Democracia é um jornalismo isento e pluralista, sem censura nem engajamentos. 

Este tipo de comportamento é uma afronta aos contribuintes e a todas as actividades económicas que alavancam o País e que diariamente lutam desesperadamente para sobreviver.

É evidente que assistimos a um “Amém” dos Media ao Governo, a uma constante propaganda do mesmo, enaltecendo as personalidades que o compõem, dando-lhes a notoriedade que não merecem, nem justificam, e espaço para se promoverem, numa clara manipulação da realidade.

Mas, como todos sabemos, a mentira acaba sempre por ser descoberta.

Neste caso concreto, refiro-me à total e absoluta incapacidade – chamar-lhe-ia incompetência – do Governo liderado por António Costa para resolver os problemas mais prementes que o País atravessa, bem como às medidas demagógicas recentemente tomadas relativamente à TAP e à EFACEC, com custos inimagináveis para o erário público, já à beira do colapso e que, certamente, entrará em ruptura total, isto é, em bancarrota. 

Se é verdade que a decisão dos ingleses quanto à quarentena imposta àqueles que se desloquem a Portugal é absolutamente injustificável – dos ingleses, não esperaria outra coisa – face à deliberação de não colocarem entraves a países como a Espanha, a Itália, a Turquia ou mesmo a Alemanha – já, isoladamente, e perante as medidas adoptadas pelo Governo Português e pelo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e da Área Metropolitana de Lisboa, o também socialista Fernando Medina, totalmente desajustadas, inadequadas, ineficazes, demonstrativas de uma total incompetência, o receio britânico é absolutamente justificável.

O que é injustificável é que o Governo Socialista e Fernando Medina não tenham, desde a primeira hora em que a situação na Área Metropolitana de Lisboa se agravou, tomado as medidas necessárias para pôr cobro à situação, decretando confinamentos pontuais. O que é injustificável, perante os portugueses esclarecidos e atentos e, sobretudo, os estrangeiros – esses não andam a dormir, nomeadamente as Embaixadas e Consulados –, é que se mantenha no cargo de Directora da DGS uma pessoa que, sistematicamente, diz enormidades, que amiúde se contradiz, causando incerteza, desconfiança e interrogação sobre a realidade do COVID-19 em Portugal e o seu combate. 

O que é perturbador e indesculpável – os mesmos observadores estrangeiros não deixam passar em claro – é que o Primeiro-Ministro de Portugal minta descaradamente aos portugueses, no que é secundado por alguns dos seus Ministros, quando afirma, por exemplo, que nada falta no SNS em termos de material, quando os próprios profissionais de saúde reclamavam e sofriam com falta dos mesmos. 

Os Media, bajuladores do PS e da Geringonça, apregoaram maravilhas, comunicaram ao mundo o “milagre” português, sempre no papel do “sim, patrão!”, num total desrespeito pelo povo em geral, até ao dia em que, inevitavelmente, se descobriria a careca, neste caso, a mentira e a demagogia. 

Enquanto em Portugal continuamos a assistir a entrevistas aos responsáveis numa tentativa de branquear a realidade, em que, para nossa desgraça, se fazem afirmações dantescas de deixar qualquer um de cabelos em pé – o que pensarão de nós os estrangeiros? – e mais não são do que actos de propaganda pessoal, no estrangeiro, em países não hostilizados pelos ingleses, assistimos à tomada de medidas concretas como o confinamento de prédios, ruas, vilas ou regiões, assim que se detecta um novo surto, como aconteceu na semana passada na Alemanha e em Espanha (Catalunha e Galiza). 

Por cá, ao invés, o Presidente da CML e da Área Metropolitana de Lisboa insulta o autarca de Ovar – que não é socialista – por este criticar exactamente o facto de não se tomar este tipo de medidas, como se de um ultraje se tratasse. Realmente, o ultraje é a inépcia de Fernando Medina e do Governo liderado por António Costa em não agir, em não tomar medidas, em recusar-se a enfrentar o problema, única e exclusivamente a pensar nos votos. Governar é exactamente o oposto de “governar-se”, que é aquilo a que estamos a assistir. Os votos têm de ganhar-se por mérito e não como resultado da demagogia e da mentira.

Reconheço que alguns Media têm permitido debates sobre estes temas – COVID-19, TAP, EFACEC, etc. – e seria injusto e incorrecto não o admitir, mas, sobretudo a nível de imprensa, não é dado o necessário e obrigatório relevo à real situação que atravessamos e que, tudo indica, atingirá um patamar inimaginável e de consequências igualmente impensáveis.

A catástrofe para Portugal com a queda abrupta do turismo inglês, e não só, porque inevitavelmente terá danos colaterais, é da única responsabilidade de António Costa e do Governo PS, resultante da incompetência na gestão do COVID-19 e da incompetência Diplomática. 

Igualmente, a catástrofe económica em consequência da má gestão do COVID-19, e agora das decisões respeitantes à TAP e à EFACEC, é da única responsabilidade do Governo Socialista, que enterrará ainda mais a já muito débil economia portuguesa, sufocará ainda mais o povo português, não só com o agravamento da dívida pública como, inevitavelmente, através de um novo aumento de impostos, impossível de aguentar por uma população que, ano após ano, vê perder o seu poder de compra, ou seja, vê agravar substancialmente a sua subsistência e qualidade de vida.

O Partido Socialista, com o apoio e conivência dos Media, continua paulatinamente a levar Portugal à ruína. Como habitualmente, vai chegar o momento em que fogem – como sempre fizeram até agora – deixando a batata quente para terceiros, obrigados a tomar medidas ainda mais impopulares, alvo depois dos ataques socialistas, como se não tivessem qualquer responsabilidade no assunto. 

Pergunto: quanto tempo mais teremos de esperar para que abandonem o barco? ■