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O MIL: Movimento Internacional Lusófono tem acompanhado, com pesar, a degradação da situação da TAP, transportadora aérea fundamental não apenas para os portugueses, como igualmente para outros povos lusófonos, conforme recentemente se comprovou com o corte, entretanto já restabelecido, na ligação aérea com a Guiné-Bissau.
A responsabilidade dessa cada vez mais flagrante degradação deverá decerto ser repartida pelas várias entidades envolvidas – desde os sucessivos Governos até aos diversos sindicatos, cuja irresponsabilidade ficou bem manifesta com a marcação de uma greve de quatro dias (!), entre o período de Natal e o final do ano de 2014, entretanto desconvocada.
Como o MIL em devido tempo defendeu, a necessidade de privatização, parcial ou total, da TAP deveria ser vista como uma oportunidade para criar uma transportadora aérea realmente lusófona. Isso passaria, porém, por contactos ao mais alto nível entre os diversos Governos da CPLP: Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, extensivos às várias transportadoras aéreas lusófonas já existentes, visando a criação de uma transportadora aérea lusófona com expressão verdadeiramente global.
Manifestamente, não foi isso o que aconteceu. Como continuamos a ser governados ao sabor dos ventos, sem visão estratégica, corremos agora o risco de vendermos a TAP apenas com o “desígnio” de saldar o seu passivo. E já se está a criar na opinião pública um coro de vozes a defender que é isso mesmo que se deve fazer, lançando-se até a ameaça de que não existirão investidores interessados na TAP.
A importância estratégica da TAP para a Comunidade Lusófona foi, porém, bem recordada pela mais recente decisão do Tribunal Arbitral, que decidiu obrigar os trabalhadores da TAP, no período da greve, a realizar os voos programados para Angola, Moçambique e Brasil, bem como para as regiões autónomas portuguesas: Açores e Madeira. A esse respeito, apenas lamentamos que o Tribunal Arbitral tenha sido insensível às necessidades de deslocação da nossa diáspora, particularmente numa época como a que vivemos, propensa aos reencontros familiares.
Uma vez mais, o papel das várias diásporas lusófonas não é devidamente reconhecido. Visando contribuir para colmatar esse défice, o MIL, em parceria com a Sphaera Mundi: Museu do Mundo, irá promover, no âmbito da PASC: Plataforma de Associações da Sociedade Civil – Casa da Cidadania, o III Congresso da Cidadania Lusófona – na Sociedade de Geografia de Lisboa, a 1 de Abril de 2015 –, precisamente sobre “A Importância das Diásporas”. Será esse o tema maior de mais um Congresso da Cidadania Lusófona, que, como aconteceu nos anteriores, reunirá Associações da Sociedade Civil de todo o Espaço da Lusofonia. Fica, desde já, o convite.
Para mais informações sobre o Congresso: cidadanialusofona.webnode.com