Este ano, os partidos políticos que deixaram Portugal à beira de ser o país mais pobre da União Europeia vão ser recompensados pelo Estado partidocrático com 25 milhões de euros em apoios à propaganda e em subvenções.
Supostamente, seria esse o elevado preço que todos os portugueses, incluindo os mais necessitados (porque as taxas indirectas do Estado atingem todos), têm que pagar para que uma pequena classe política envie 230 indivíduos, a maioria desconhecida do povo, para a Assembleia da República. Todos, claro, a auferir de brutos ordenados e privilégios espetaculares para eles e para as suas famílias.
Infelizmente — e em ano de eleição vale tudo — tal verba está longe de corresponder ao total dos gastos com as eleições: as autarquias, usadas como agências partidárias de contacto directo com os eleitores, estão a gastar balúrdios em publicidade, brindes e festas. Fará sentido, numa terra onde não há dinheiro para hospitais e escolas?
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