Portugal a caminho do Santuário de Fátima

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Um mar de crentes receberá o Papa Francisco nos próximos dias 12 e 13 de Maio, naquela que poderá ser a maior peregrinação de sempre na Cova da Iria. O centenário das aparições de Nossa Senhora será coroado, no Sábado, com a canonização de dois dos videntes: Jacinta e Francisco. Portugal mobiliza-se para receber o Sumo Pontífice e com ele rezar pelo futuro da Humanidade.

Há largos meses que não há um quarto disponível nos hotéis da região de Leiria – e sabia-se já que a peregrinação do centenário das aparições atrairia a Fátima uma grande multidão de romeiros. Mas o anúncio de que a Festa de Maio teria como ponto alto a canonização de Jacinta e Francisco, proclamada pelo Papa Francisco em pessoa, aumentou ainda mais as expectativas. Desde meados da semana finda que estão coalhadas de peregrinos, com seus típicos bastões e mochilas, as estradas que vão dar à Cova da Iria (só no Domingo foram contados 30.000 nas principais vias de acesso).

No Santuário, milhares de auxiliares preparam ao milímetro as celebrações, os apoios logísticos, a segurança, as refeições, os sanitários, a assistência médica, o estacionamento, o apoio aos de cientes.

Os Bispos de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, e de Lamego, D. António Couto, concederam a bênção aos primeiros peregrinos “oficiais” de Maio, que saíram daquelas Dioceses no passado dia 1, com destino à Cova da Iria. Os romeiros têm ao seu dispor, ao longo das estradas num raio de 50 quilómetros em torno do Santuário, de 70 postos de acolhimento espalhados pelos trajectos mais usados. De piquete às estradas estão 1.500 voluntários, entre médicos, enfermeiros e auxiliares. Também muitos sacerdotes diocesanos estão empenhados em grupos de auxílio que prestam assistência espiritual aos peregrinos durante a viagem.

Se contabilizássemos apenas o número de excursões de peregrinos organizadas por agências de viagens que tiveram o cuidado de se registar junto dos serviços do Santuário, a Cova da Iria teria garantida a presença, nos próximos dias 12 e 13, de cerca de 100 mil fiéis. Mas o número de peregrinações registadas oficialmente não passa de uma gota de água no enorme oceano que são as peregrinações espontâneas.

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