De acordo com o artigo publicado na revista “ACP” nº 790, de Junho, a proposta aprovada pela “esquerdalha” na Câmara Municipal de Lisboa com vista a reduzir a velocidade na capital portuguesa e fechar a principal artéria de cada freguesia aos domingos e feriados, custará mais de 200 milhões de euros (coisa pouca…).
A iniciativa da medida partiu do Livre que, como é hábito por aquelas bandas, traz à baila ideias absolutamente demagógicas, sem qualquer tipo de estudo, avaliação ou coerência e quando existe, serve apenas para reforçar as teorias gastas da conspiração contra o “imperialismo” e o “capitalismo”.
Exemplo disso é a ideia peregrina de encerrar as principais vias aos domingos e feriados, com especial destaque para a Avenida da Liberdade, sem avaliarem os custos que tal medida acarretará para o comércio local, com consequências que poderão ir até ao inevitável despedimento de pessoas. É claro que para a esquerda, sempre desejosa de aumentar a pobreza e de combater o “capitalismo”, uma das grandes premissas deverá ter sido exactamente castigar esses “malandros” dos empresários exploradores da classe operária que até se atrevem a dar emprego às pessoas…
Segundo o estudo da consultora “BA&N”, a diminuição da velocidade em 10 km/h implicará um aumento no custo económico na ordem dos 213,7 milhões de euros, isto sem falar do aumento da poluição; prevê-se que a medida implique um aumento de gasto de 29 horas/ano por veículo, no trânsito, e o consequente aumento de 7% no consumo de combustível, o que significa em 23 litros/ano por veículo.
Já Pedro Leal, da Associação Avenida, e Álvaro Covões, um dos mais conhecidos organizadores de festivais e eventos, manifestaram, para além de surpresa face a esta medida tomada sem consultar ninguém, grande preocupação quanto ao futuro. As estatísticas indicam um fluxo de mais de 22 mil transeuntes na Avenida ao domingo, isto sem falar no normal aumento quanto se realizam espectáculos no Tivoli, Politeama, Maria Vitória, S. Jorge, Capitólio ou no Coliseu, por exemplo. Com esta estapafúrdica e inadmissível medida, a luz que se vê ao final do túnel é a de despedimentos e de encerramento de estabelecimentos…
O “editorial” do Presidente do ACP, Carlos Barbosa, no seu primeiro parágrafo, é elucidativo e traduz a realidade nua e crua desta medida: “Desprezo, prepotência e uma imensa arrogância caracterizam a proposta de fechar a Avenida da Liberdade aos domingos e feriados e a redução do limite de velocidade em toda a cidade”.
Eu, não diria melhor, acrescentando, contudo, que, enquanto não nos virmos livres desta política derrotista, destruidora e aniquiladora do progresso, continuaremos a caminhar para a cauda da Europa, transformando-nos num país paupérrimo. ■