Metro de Lisboa: expansões e ocultações

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O Metropolitano de Lisboa é uma empresa pública, sob tutela do Governo, cujo essencial da operação é realizada no concelho de Lisboa, mas que está de costas voltadas para a cidade.

Os processos de expansão das linhas de Metro a que temos assistido nos últimos anos têm sido marcados pela polémica, pela falta de informação e de transparência e até por um desrespeito das posições assumidas pelos órgãos autárquicos democraticamente eleitos pelos lisboetas.

Foi assim com a chamada linha circular. Um projecto que nunca foi bem explicado, nem viu demonstrada a sua relevância. Vários estudos realizados pelo Metropolitano de Lisboa nunca foram divulgados, apesar de solicitados pela Assembleia Municipal em várias ocasiões, nomeadamente nos debates que organizou. Nunca existiu a preocupação por parte do poder socialista de explicar por que razão se devia privilegiar uma linha circular em detrimento de uma expansão do Metro para a zona ocidental da cidade. Quer a Câmara de Lisboa, quer a Assembleia Municipal expressaram na altura a sua oposição formal a este projecto, tendo o PS ficado sozinho na defesa da linha circular. O mesmo cenário sucedeu no Parlamento, com o PS uma vez mais isolado. Na realidade estamos perante uma linha socialista circular e, apesar de na altura o PS não ter maioria, nem na Câmara de Lisboa, nem no Parlamento, a verdade é que o projecto avançou e está neste momento em fase de obra.

Ainda mal refeitos de todo este processo lamentável e pouco claro, aqui vamos nós para outro, em tudo similar na forma. Falo do projecto de expansão da linha vermelha do Metro para Alcântara e que prevê a construção de quatro novas estações: Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.

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