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[td_text_with_title custom_title=”Números Esquerdistas”]720 por cento – inflação na Venezuela.

25 por cento – desemprego na Grécia.

2 milhões – número de pessoas que ficaram sem emprego no Brasil em 2015.

22 por cento – crédito à habitação malparado com financiamento público do Estado brasileiro.

11 mil milhões de euros – custo total das medidas de estímulo previstas pelo orçamento do Estado do PS.

93 – número de vezes que a Constituição do Brasil já foi emendada pela esquerda em 27 anos.

30 por cento – estimativa dos venezuelanos que passam fome.

3,2 por cento – crescimento económico espanhol em 2015, sem dúvida mais uma “pesada herança” da direita.

3,6 por cento – queda do PIB na Grécia durante o consulado da esquerda radical.[/td_text_with_title]

Prometeram, prometeram e depois ainda prometeram mais, mas o certo é que por todo o mundo o ‘marketing’ da esquerda está a ser desmascarado. Miséria e colapso económico são o seu legado. Em Portugal, António Costa perdeu o controlo da geringonça, que até já faz greves contra o Governo que supostamente apoia. Talvez já não falte muito para o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa cumprir o seu dever constitucional de dissolver a Assembleia – e, em jeito de presságio, o líder do PS até já voltou a tratar Pedro Passos Coelho por “senhor primeiro-ministro”… Leia nestas páginas histórias cautelares que relatam o desastre que a esquerda causou em várias partes do mundo, e que a frente radical PS/PC/BE quer copiar no nosso País. 

Grécia: a festa foi bonita, pá

A Grécia é governada pela esquerda radical desde Janeiro do ano passado. O novo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, prometeu impostos mais baixos, um salário mínimo (muito) mais alto, e 300 mil novos empregos. Não, caro leitor, não estamos a descrever o programa eleitoral do PS, embora se compreenda a dificuldade em distingui-los. Para tentar cumprir esta ambiciosa cruzada “quixotesca”, Tsipras rodeou-se de figuras caricatas como Varoufakis, e tentou fazer ‘bluff’ junto dos credores, apesar de não ter cartas para jogar. Obviamente, perdeu.

Mesmo assim, a festa durou alguns meses. Saíram largas multidões à rua aquando da realização de um patético referendo, com o povo a votar “não” ao resgate financeiro da Europa, apenas para Tsipras votar “sim” ao mesmo no parlamento. Um comportamento deveras “democrático”. A factura desta “festa” não é de todo diferente da do nosso famigerado PREC: enquanto Portugal conseguiu sair, mesmo que a coxear, da crise, a Grécia avança para o sétimo ano de recessão, e os economistas dizem que, depois dos estragos da festa vermelha, o fim não está à vista.

O desemprego oficial continua nos 25 por cento, mas esse número é uma ficção de mau gosto. O número real é que apenas 3,6 milhões de gregos com mais de 18 anos têm emprego, enquanto 3,9 milhões estão desempregados, aposentados ou a viver de “biscates” e trabalhos em ‘part-time’. O desemprego entre a juventude supera os 50 por cento, e uma geração inteira de jovens anda desocupada nas ruas. A BBC reporta que mais de metade das escolas do país só tem aulas até ao meia-dia. Tsipras tem de alimentar os ‘lobbies’ do seu partido, e isso não lhe deixa margem de manobra para pagar aos professores.

Quando o presidente da (entretanto extinta) juventude partidária do Syriza foi apanhado a arranjar empregos a familiares, a sua desculpa foi algo de fantástico: “os meus avós não combateram em vão debaixo da bandeira da resistência comunista da EAM (organização terrorista que combateu o Governo legítimo durante a guerra civil grega) e agora que vencemos é justo recompensar os seus netos!”. O legado mais pesado da festa grega de esquerda é mesmo o controlo de capitais, que vai durar até meados de 2016, ou possivelmente mais. Resultado: 70 mil empresas fugiram do país desde o Verão e um quarto de todos os empresários gregos já deixou o país desde o início do mandato do Syriza. Nações empobrecidas por décadas de comunismo, como a Bulgária, agradecem o negócio que Tsipras lhes está a dar.

E, por cá, quantas empresas resistirão caso Costa continue na actual trajectória de confronto com os credores?

Acabou o carnaval de esquerda no Brasil

O Brasil enfrenta, este ano, uma pesada recessão, após ter fechado 2015 com uma queda do PIB de 3,6 por cento. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quase três milhões de brasileiros perderam o seu ganha-pão só em 2015.

Os Media, alinhados com a esquerda, procuraram colocar as culpas do colapso económico na queda do preço do petróleo, mas a maior parte dos economistas de renome mundial considera que Dilma e Lula da Silva, bem como o Partido dos Trabalhadores e os seus aliados, são os principais culpados pela miséria que o povo enfrenta. Aliás, a evidência entra pelos olhos dentro: o petróleo é responsável apenas por 5,5 por cento do total das exportações, bem atrás do minério de ferro e das sementes de soja. A crise vivida no Brasil é estrutural e de longo prazo, não é algo nascido do acaso como a queda repentina do preço de uma matéria-prima.

Quase todas as reformas fiscais, monetárias e económicas de centro-direita, deixadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, foram eliminadas durante a governação do PT. As medidas destinadas a aumentar a competitividade do Brasil foram rasgadas, e a indústria foi esquecida. Em vez disso, o foco foi posto em medidas de estímulo ao consumo interno, nomeadamente através do famigerado (e altamente corrompido) programa “bolsa família” — uma espécie de rendimento mínimo, mas ainda com menos controlo do que a versão portuguesa — e do aumento desmesurado da Função Pública, que triplicou de tamanho nos últimos dez anos. Mas só em funções administrativas, porque o Brasil continua a ter uma escassez crónica de professores, polícias, médicos e enfermeiros.

O ordenado mínimo, por sua vez, aumentou 90 por cento (ou seja, quase duplicou) numa década.

Para incentivar ainda mais o consumo, entidades estatais como o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) concederam enormes créditos, sempre com o Estado como fiador, a empresas amigas do regime do PT. Entre 2009 e 2010, por exemplo, a economia do Brasil cresceu 7,5 por cento, mas isso apenas aconteceu porque o crédito total aumentou 25 por cento. Ainda assim, 22 por cento de todos os créditos à habitação concedidos pelo Estado são, neste momento, crédito malparado, o que significa que o contribuinte não vai ver o seu dinheiro de volta. O défice orçamental do Brasil em 2015 foi de 10 por cento do PIB, a inflação está nos 11 por cento e o custo dos juros da dívida corresponde a 7 por cento do orçamento federal.

[td_text_with_title custom_title=”Pablo Iglesias e Hugo Chavez: irmãos perdidos?”]

Pablo IGLESIASQuando chegou a hora de jurar fidelidade à Constituição do Estado espanhol, os esquerdistas radicais do Podemos juraram “trabalhar para alterar a Constituição” para criar uma “nova Espanha” em nome da “soberania do povo”. Ou seja, nada diferente do juramento presidencial de Hugo Chávez: “Eu juro perante o meu povo que irei abolir esta Constituição moribunda, criando as transformações necessárias para que a nova República tenha uma Magna Carta digna destes novos tempos”. Note-se o mesmo desprezo pelo texto fundamental do país, bem como o ênfase posto em “novo” (“nova Espanha” e “nova República”). Pouco tempo depois deste “pronunciamento”, o Presidente Chávez aboliu a anterior Constituição democrática, para instaurar a actual ditadura que ainda oprime a Venezuela.[/td_text_with_title]

Controlar a despesa pública é quase impossível, pois desde 1988 a classe política brasileira foi blindando as benesses que foi atribuindo aos seus eleitorados e clientelas: 90 por cento de todos os gastos do Estado estão protegidos pela enorme Constituição do Brasil, Constituição essa que já foi alvo de 93 emendas nos últimos 27 anos. As emendas incluem a célebre EC29, que “estipula limites mínimos de investimento em saúde”, e a EC48, que tornou um imaginário “Plano Nacional de Cultura” parte integrante do texto fundamental do país. Os poucos cortes que podem ser feitos são na festa, nomeadamente com o cancelamento das celebrações do Carnaval em grande parte do Brasil, bem como com um corte de 500 milhões de euros no orçamento das Olimpíadas de 2016.

Face a estas realidades, e tal e qual como aconteceu em Portugal em 2011, o ‘rating’ da dívida soberana do Brasil caiu a pique. Ainda há poucos anos, Dilma fazia pouco do povo português, exigindo em troca de um empréstimo que o nosso ‘rating’ fosse “triplo A”, que sabia bem que Portugal não podia obter. Agora, o ‘rating’ do Brasil é lixo, que é algo similar à opinião que a maioria dos brasileiros tem sobre o seu governo. Se estas políticas, que fracassaram em toda a linha, lhe parecem similares, é porque o (ainda) primeiro-ministro Costa as quer aplicar em Portugal, apesar de também terem fracassado durante o regime de José Sócrates, no qual participou.

A miséria de esquerda na Venezuela

Para o desastre ser completo, António Costa pode ainda seguir mais alguns conselhos e dicas da sua “frente popular”, que se inspira no caso de “sucesso” venezuelano, onde a inflação chegou ao número incrível de 720 por cento, e ainda poderá alcançar os 1.000 por cento segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional. Poucas economias na História conseguiram chegar a um tão grande descontrolo. Até o derrotado presidente Maduro admitiu que a economia caiu 5 por cento este ano, o que significa que o número real é muito maior. O regime chavista, no entanto, não divulga dados estatísticos, que considera “anti-revolucionários”.

Caracas tem 16 mil milhões de euros para pagar em dívidas nos próximos dois meses, mas nos cofres já só tem 15 mil milhões em ouro, que é a única reserva de riqueza que lhe sobra. Os mercados internacionais já assumem que a bancarrota é inevitável. A crise ainda se vai aprofundar mais caso o barril de petróleo caia abaixo dos 20 dólares, pois é precisamente 20 dólares que a ineficiente empresa estatal de produção de petróleo da Venezuela gasta para produzir um barril de “ouro negro”. O petróleo é praticamente a única exportação que resta ao país sul-americano, representando, segundo o Banco Mundial, 95 por cento de todas as exportações.

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Empresários de todo o mundo já deixaram de vender produtos à Venezuela. As estantes dos supermercados estão vazias e a fome grassa sem controlo entre o povo que Maduro diz representar. Ainda no Verão de 2015, uma turba enraivecida pegou fogo a um quartel da Guarda Nacional, depois de ter apanhado os soldados, todos afectos ao esquerdismo radical, a “confiscar” os poucos bens alimentares que a população ainda tinha, obviamente que em nome da revolução. Estima-se que 30 por cento da população esteja a passar fome. A lei e ordem entraram em colapso devido ao desespero, e Caracas alcançou, esta semana que passou, a triste medalha de cidade mais violenta do mundo. O fracasso económico da Venezuela deve-se largamente às nacionalizações feitas pelo regime, que destruíram o motor económico da Nação e arruinaram a confiança dos investidores estrangeiros. Costa, que renegou as concessões dos transportes e se prepara para nacionalizar a TAP pela segunda vez, devia estudar o caso…

A resposta de Maduro a problemas reais é sempre a fantasia, como a declaração de um “estado de emergência económica” que lhe daria poderes extraordinários para gastar sem sequer ter de apresentar um orçamento do Estado. Uma das frases mágicas do decreto dispensava mesmo todas as “modalidades e requerimentos próprios do regime de contratações públicas”. O Parlamento, no entanto, vetou este mirabolante projecto de lei. Tal como outras figuras políticas, o Presidente da Venezuela parece não saber que perdeu e não aceita o facto de a oposição ter vencido, de forma esmagadora, as eleições legislativas. Continua, assim, a usar truques desesperados, como a cassação ilegal do mandato de três legisladores só para tirar à oposição a maioria de três terços. Mas a oposição afirmou que o seu objectivo é derrubar Maduro nos próximos seis meses, mesmo que já seja considerado muito tarde para evitar todos os estragos do regime.

Quando é que será tarde demais para Portugal?