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EVA CABRAL

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Com o XXI Executivo da geringonça, os apelos à fé sucedem-se ao ritmo das trapalhices em que se metem. A última semana foi verdadeiramente negra, com Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social (SESS), a admitir que não tem meios para fiscalizar o Banco Montepio, uma mutualidade com milhares de sócios. Com a agravante de muitos destes associados e depositantes pertencerem às classes com menores níveis de literacia financeira: muitos deles são habitantes nas zonas rurais onde o Montepio se apresentava como um banco tão sólido como a CGD.

As declarações incendiárias de Cláudia Joaquim foram feitas numa entrevista à Antena1 que só esta semana irá para o ar (presumivelmente hoje, terça feira). Mas face ao inusitado das declarações, a rádio pública já pôs em antena alguns extractos da entrevista como este referente ao Montepio.

Logo nessa sexta-feira negra, Vieira da Silva – que regressou à pasta da Segurança Social – teve necessidade de travar o prejuízo político e social causado pela sua secretária de Estado.

O sistema bancário é muito sensível, baseia-se na confiança, pelo que as declarações da SESS podem originar esta semana uma situação muito complicada num País que tem acumulado escândalos bancários.

Vieira da Silva jurou que está “relativamente tranquilo” quanto à viabilidade do Montepio Geral: “Pela informação que eu tenho, julgo que não há nenhum risco de ruptura. É uma instituição de natureza diferente, relativamente àquelas outras que conhecemos do sector financeiro, tem uma matriz de base associativa […] e creio que deve ser defendida como um factor de equilíbrio e de enriquecimento do nosso sector financeiro”, disse o ministro.

Esta semana se saberá como os aforradores e clientes do Montepio vão reagir à entrevista da secretária de Estado. Os cenários de levantamentos anormais de depósitos estão ao virar da esquina, e há meses que os telejornais dão conta de movimentações de lesados de várias instituições bancárias.

  • Leia este artigo na íntegra na edição impressa desta semana.

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