O maravilhoso mundo de Blake e Mortimer

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dbDUARTE BRANQUINHO

As aventuras do professor Philip Mortimer e do Capitão Francis Blake continuam a fazer sonhar miúdos e graúdos. Para os aficionados destes bem conhecidos heróis da banda desenhada franco-belga, a revista francesa “Beaux Arts” publicou um número especial sobre Blake e Mortimer face aos grandes mistérios da Humanidade.

No editorial, Thierry Taittinger considera Blake e Mortimer como a primeira banda desenhada para adultos e, de facto, qual não foi a criança que se sentiu grande ao viver esta série “realista e educativa”? Para não falar nos adultos que continuam a acompanhar a dupla criada por Edgar P. Jacobs. Especialmente para estes, o número especial da “Beaux Arts” é obrigatório. À venda em Portugal pelo preço de 9,60 euros, a revista tem 138 páginas a cores, bastante ilustradas e com uma bela composição gráfica. Infelizmente, este objecto de referência e de colecção não tem uma merecida capa dura. Um pormenor importante, que no entanto não nos impede o prazer da descoberta.

É uma aventura redobrada reencontrar os álbuns de Blake e Mortimer e as respectivas inspirações. Uma viagem do mundo perdido dos dinossauros ao Inferno branco da Antárctida, da fabulosa pirâmide de Quéops aos subterrâneos de Paris, passando pelo enigma de Judas ou a hipnose e a manipulação da mente. Encontramos até um artigo sobre dois mistérios do álbum mais recente, “O Bastão de Licurgo”, publicado no ano passado e cuja acção é anterior à excelente trilogia “O Segredo do Espadão”.

Destaque ainda para a nota biográfica sobre Edgar P. Jacobs, barítono que esperava seguir carreira como cantor lírico mas que se tornou um nome incontornável da 9.ª Arte, com referência aos seus sucessores, e o artigo sobre a sua arte. Nota especial para as dezasseis páginas que revelam as oito etapas para a criação da série.