“Queremos mais justiça e menos impunidade”, afirma andré Ventura, líder de um novo partido, o CHEGA. E atira, sem peias: “Se querer que o Pedro Dias ou o violador de Telheiras fiquem na prisão para o resto da vida é ser de extrema-direita… então somos de extrema-direita”. Olhando para trás, para o PSD que deixou, aponta o dedo a Rui Rio. “Como disse na altura, este PSD deixou de ser o partido liberal, personalista e defensor da justiça no qual me filiei já há muitos anos, para se tornar numa cópia mal feita do PS. É um erro colossal… mas sobretudo é um corpo político com o qual não me identifico”. Em Dezembro espera ter o CHEGA legalizado pelo Tribunal Constitucional, mas os ‘outdoors’ com a cara do líder e algumas das principais ideias do novo partido estão já afixados pela Grande Lisboa. Em resposta a um questionário d’O Diabo, andré Ventura frisa: “Tivemos a capacidade de atrair um conjunto de pessoas inconformadas, muitas delas abstencionistas há vários anos, que nos contactaram para dizer isto: finalmente apareceu um partido anti-sistema. E é mesmo assim: o CHEGA é o primeiro partido verdadeiramente anti-sistema desde o 25 de abril”.
O processo de constituição do CHEGA no Tribunal Constitucional já está concluído?
Esperamos entregar as assinaturas exigidas por lei no Tribunal Constitucional já nas primeiras semanas de Dezembro. Sublinho que, tendo começado a recolha em Novembro, deve ter sido o processo mais rápido de recolha de assinaturas de que há memória. Isto deve-se ao enorme interesse e também ao trabalho de muitos voluntários no país todo.
Já tem ‘outdoors’ espalhados por Lisboa. Estão nas rotundas um pouco por todo o País?
Estamos a começar por Lisboa, onde é a sede do CHEGA, mas vai seguramente alargar-se a todos os distritos de Portugal continental e Ilhas.
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