A falta de ambição de Costa na economia

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JOSÉ FIGUEIREDO

PROFESSOR UNIVERSITÁRIO

Depois de ter beneficiado de ventos muito favoráveis no último ano, o Governo de António Costa é desafiado pelo Presidente da República a ser mais ambicioso na economia. Logo agora, quando já se avistam sinais perturbadores de que o temporal se aproxima…

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, parece agora exigir que o Governo de António Costa seja mais ambicioso, colocando até uma fasquia de crescimento económico anual acima dos 2%.

Entretanto, os EUA têm registado um crescimento económico ao longo dos últimos anos acima dos 2%.

Para o Presidente Trump, este nível de crescimento é excessivamente moderado, colocando como desafio, para a sua presidência, um nível superior a 3% ao ano.

Decididamente, o desafio de Donald Trump é diferente do que tem pela frente António Costa. O Primeiro-Ministro de Portugal beneficiou até de ventos muito favoráveis. Assim, analisemos os seguintes factos:

  • Se observarmos a Tabela 1, verificaremos que Portugal apenas registou um crescimento económico superior a 2% em 2007, ao longo de um período de 10 anos.
  • Em 2016, ano de responsabilidade integral de António Costa, Portugal ficou aquém dos 2% de crescimento económico, apesar das imensas condições favoráveis a nível internacional, como seja o preço do barril de petróleo estar abaixo dos 50 dólares, e a relação euro/dólar encontrar-se historicamente no seu patamar inferior (1 euro=1,10 dólares).
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