A esmagadora maioria dos portugueses nada entende de Finanças Públicas ou de Economia. E, no entanto, não falta quem simpatize com o ministro Mário Centeno, descrito na imprensa do sistema com cognomes básicos e de fácil apreensão como “o Ronaldo das Finanças”. O cidadão comum nem sequer saberia como confirmar ou desmentir os números do “sucesso” que ele reivindica, mas a fama é mais forte do que o raciocínio.
Na verdade, o “truque” de Mário Centeno é bem simples: ele geriu as expectativas sobre o desempenho da economia partindo de um patamar muito baixo, para depois ‘brilhar’ e anunciar que ia ter números mais favoráveis. Isso mesmo aconteceu ao longo de quatro anos com as metas do Défice, da Dívida Pública, do Crescimento Económico e do Desemprego.
A técnica de Centeno quase se assemelha àquela estratégia de saldos, em que o lojista primeiro sobe o preço na etiqueta para depois o baixar e deixar o comprador iludido e convencido de que fez uma grande compra.
• Leia este artigo na íntegra na edição em papel desta semana já nas bancas