O deputado do PS Sérgio Sousa Pinto acusou esta semana de estalinismo o novo secretário-geral da Juventude Socialista, Miguel Matos, dizendo que apagou o seu nome e o de António José Seguro da história desta organização de juventude.
De facto, no encerramento do XXII Congresso Nacional da JS, Matos (ex-assessor económico de António Costa) referiu vários antigos líderes desta organização da década de 1970, como Margarida Marques e Arons de Carvalho, bem como de outros mais recentes, como Duarte Cordeiro, Pedro Nuno Santos e Maria Begonha. Mas “esqueceu-se”, precisamente, dos dois ex-líderes juvenis que são conotados com a ala mais moderada do partido: Sérgio Sousa Pinto e António José Seguro.
Em declarações à agência Lusa, Sérgio Sousa Pinto considerou que “esse é o comportamento de um estalinista. Com Estaline, as figuras incómodas à situação do momento iam sendo apagadas das fotografias. A eleição de um estalinista é a pior desgraça que podia acontecer a uma organização como a JS”.
Referindo-se a António José Seguro, Sousa Pinto considerou a omissão “muito grave”. E acrescentou: “Seguro, até agora, foi o único líder da JS que também assumiu as funções de secretário-geral do PS. Este revisionismo em curso em alguns sectores do partido é totalmente inaceitável”. ■