Roosevelt: o herói gerado pela esquerda

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Os anos 1930 no ocidente foram marcados pela política expansionista do marxismo-leninismo, começando por cooptar os socialistas supostamente democratas. O planeamento de Stalin era o da conquista sem gastar muito e com o menor uso de armas, de que nem dispunham. O objectivo inicial seria enfraquecer o capitalismo, estimular a criação de sindicatos que tornassem o investimento um risco, demonizar os ricos, sobrepor a igualdade ao mérito.

Depois da Guerra Civil de Espanha, que Stalin considerava a maior derrota do comunismo desde a revolução de 17, é que foi acrescentada a prioridade na infiltração nos quadros das Forças Armadas e do clero, que, segundo o líder soviético, foram as âncoras da vitória de Franco.

A então potência emergente, que eram os EUA, foi alvo das atenções de Moscovo, fazendo surgir no Partido Democrata a sua ala de esquerda, da qual emergiu Franklin Delano Roosevelt (FDR) para seus quatro mandatos, série interrompida com a sua morte.

A primeira grande farsa da propaganda comunista foi apresentar o programa socialista do “new deal” como a grande arrancada dos EUA para vencer a depressão. Na verdade, a política de uso e abuso do Estado, o crescimento do funcionalismo público, o endividamento e a alta de impostos retardaram a retomada do crescimento em pelo menos seis anos. Muito menos o envolvimento na II Guerra serviu para fazer a economia americana e a sua indústria crescerem fora do sector bélico.

A consolidação da América como maior potência económica deu-se no pós-guerra, quando o Congresso derrubou a política inibidora do investimento de Roosevelt e que Truman tentou progredir.

Nos anos Roosevelt, o “imposto progressivo” podia chegar a 90%, o caminho mais curto para o desinvestimento e fuga de capitais. Os chamados “tigres asiáticos”, Taiwan, Coreia do Sul e Japão, surgiram com capitais americanos em fuga das leis anticapitalismo da esquerda americana. O que se veio a repetir com Carter, Clinton e Obama, impulsionadores do fenómeno chinês.

FDR foi o que se denominava de “inocente útil”, pois não era bem ele o esquerdista, mas sim a sua mulher, Eleonor, jornalista de esquerda que mostrou a sua face na reunião de Yalta, influenciando o marido a ceder a Stalin e a desconsiderar Churchill. Nos arquivos americanos estão as cartas de Roosevelt a Stalin que começavam com “My dear Stalin”. E ela mesmo foi, já viúva, em 1957, a primeira jornalista ocidental a obter uma entrevista exclusiva com Nikita Kruschev. Neste mesmo ano tentou ir à China, mas não conseguiu autorização do então governo republicano em Washington.

Como na época, ao contrário de hoje, a homossexualidade não era bem-vista, os “media” esconderam quanto puderam e tornaram num detalhe irrelevante o lesbianismo da sra. Roosevelt, com uma ligação de décadas com Lorena Hickok, conforme publicações conhecidas. E uma cortina de fumaça encobre até hoje o “bluff” da genialidade de Roosevelt e dos erros dos governos “progressistas” americanos. O polémico inquérito do Congresso dos EUA sobre “actividades antiamericanas”, que tornou o pacato senador McCarthy num símbolo do mal, começou a desvendar a rede comunista em Hollywood e o assunto foi encerrado. Em 1992, com a abertura dos arquivos soviéticos, muitas verdades vieram à tona, como os pagamentos a astros de Hollywood e a dominação comunista no bando “republicano” na guerra de Espanha.

Pelos vistos, mais do que a pandemia e a guerra na Ucrânia, o perigo para a economia capitalista reside em Washington, hoje sob domínio dos herdeiros de Roosevelt. Investir nos EUA, actualmente, é muito caro. Joe Biden é outro “inocente útil”, pois não é de esquerda, mas está cercado deles, a começar pela sua vice-presidente. A próxima eleição americana deve dar uma nítida maioria aos conservadores, não necessariamente ligados a Trump.

Quem viver verá! ■