Eva Cabral

Mudar de vida. Depois de mais uma violenta tragédia, o Presidente da República falou ao País para defender que é preciso “abrir um novo ciclo”, na sequência dos incêndios de Junho e de 15 de Outubro, e que isso “inevitavelmente obrigará o Governo a ponderar o quê, quem, como e quando melhor serve esse ciclo”.

As palavras foram duras e interpelaram directamente António Costa, que depois de dias a fazer tudo para segurar a sua ministra da Administração Interna, teve de deixá-la cair de imediato, perante um novo tipo de magistratura de tipo executivo que Marcelo Rebelo de Sousa exerceu sem apelo nem agravo.

Mal se entrou na fase de rescaldo, o Presidente fez uma declaração ao País, a partir da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, onde perante o intolerável se esfumou qualquer apoio a António Costa.

Antes pelo contrário, Marcelo prometeu ao País ser um novo Presidente e deixou um pesado caderno de encargos ao Executivo da geringonça.

Para além do Executivo, o Presidente da República considerou que é essencial o Parlamento clarificar o seu apoio ao Governo, face à moção de censura do CDS-PP, para “se evitar um equívoco” ou “reforçar o mandato para as reformas inadiáveis”

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