Os socialistas mentem hoje tanto ou mais do que já mentiam quando apoiaram cegamente José Sócrates.
Não fiquem admirados. A esmagadora maioria dos actuais dirigentes e governantes socialistas foram cúmplices de Sócrates e co-responsáveis pela bancarrota.
António Costa e Fernando Medina tentaram enganar os portugueses com medidas, descritas pelos próprios como fantásticas, medidas essas que apenas terão efeitos positivos em 2023, mas que nos anos posteriores se transformarão em cortes permanentes. Tendo sido amplamente desmascarados, tanto o Primeiro-ministro, como o Ministro das Finanças foram obrigados a reconhecer que tomaram esta decisão para criar condições de sustentabilidade à segurança social.
Esta preocupação em dar sustentabilidade à segurança social deve-nos fazer pensar. Afinal, a maravilhosa reforma feita por Vieira da Silva não é assim tão admirável como foi apregoado pelos socialistas. Adicionalmente, não se esqueçam da promessa do Primeiro-ministro. “Não há a mínima dúvida de que iremos cumprir a fórmula de cálculo das pensões que existe desde 2007”, acrescentando que “as leis existem para serem cumpridas”. Entretanto, desde que fez estas afirmação até hoje, o universo mudou e o cumprimento da lei passou a ser relativo.
É verdade que as reservas foram aumentadas desde 2015. Todavia, uma vez mais vez, os socialistas enganaram-se nas contas. Resultado, no melhor cenário, quem se reformar em 2030, receberá perto de 85% do que descontou e quem entrar hoje para o mercado de trabalho a receber o salário médio +/- € 1200 euros, quando se reformar receberá de reforma apenas cerca de 41% do seu último salário. Façam as contas à vontade, mas não confiem nas contas socialistas. Estão sempre erradas.
Qual é o resultado prático? Passamos de um aumento mitológico para uma redução histórica nas pensões e o sistema previdencial da segurança social e a caixa geral de aposentações vão entrar em colapso. Os cortes são inevitáveis. Até porque as previsões apontam para a necessidade anual de cerca de 6 mil milhões de euros para fazer face ao défice. De onde imaginam que virá este dinheiro?
Aqui chegados, é muito interessante perceber que em 2024 António Costa vai fazer cortes no sistema de pensões superiores aos cortes que Pedro Passos Coelho foi obrigado a fazer em 2015. Por outras palavras, agora que já acabou a austeridade, o Governo de António Costa vai ser mais austero do que o Governo que teve de gerir o país segundo as regras da Troika alguma vez foi.
Só há uma solução para Portugal. Crescimento económico!
Façamos um pequeno exercício de comparação sobre decisões políticas no enquadramento de salários mínimos para perceber a diferença.
A distinção entre os salários mínimos em países pobres (Portugal) e/ou em países ricos (Holanda, Luxemburgo) resulta de algo muito simples.
Na Holanda e no Luxemburgo, os respectivos Governos optaram por criar as condições que originaram crescimento e uma economia forte, possibilitando, desse modo, um dinamismo empresarial que cria riqueza.
Daqui emergiram duas coisas: primeiro, as empresas têm capacidade para pagar salários mais altos; segundo, mesmo cobrando impostos mais baixos, os Governos destes países obtêm mais receitas do que o Governo português.
Em Portugal, a opção governativa, principalmente a dos governos de esquerda, foi precisamente a contrária. Os governos forçam, por decreto, o aumento do salário mínimo sem criar condições para o crescimento económico.
Resultado? Somos pobres. Mas os socialistas querem que sejamos ainda mais pobres.
Vou repetir mais uma vez.
Sem pobreza, o socialismo perde a sua razão de ser! ■
Foto de Victor • https://creativecommons.org/licenses/by/2.0/deed.en