O mundo ibero-americano tem mantido uma forte e frustrante presença de governos mais a esquerda, no estilo populista ou ditadura, como nos casos da Venezuela, Nicarágua e Cuba.
Curiosamente, nos três países, a penúria de bens é um facto permanente, com racionamento de géneros de primeira necessidade. E liberdade então… a ausência é total. Um terço da população venezuelana deixou o país nos últimos cinco anos. Os cubanos não saem por viverem numa ilha e sob vigilância policial.
Países teoricamente ricos, como Brasil, Argentina, Colômbia e México, alternam bons momentos de progresso económico e melhoria social com governos pró-capital e eleitos de tendência demagógica e esquerdista, com políticas de inflação, estagnação económica e crises políticas. Até aos anos 70 havia o recurso da intervenção militar para conter a influência da URSS via Cuba, como ocorreu no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile.
Mesmo na Europa ibérica, com limites em função das normas da União Europeia, nota-se o travão esquerdista que impede os dois países de crescerem. Governos que se perpetuam com base na exploração da ignorância popular e dos ressentimentos dos menos capazes ou mais preguiçosos. Não se estimula o trabalho, mas sim feriados, menos horas de trabalho, tolerância com absenteísmo. O que só afasta investimentos.
Neste quadro, o estado obeso serve para abrigar o excesso de funcionários e a sua presença em empresas aéreas, bancos e energia, sempre a dar prejuízos e a provocar escândalos de corrupção. As universidades com gastos elitistas, pois oferece ensino de qualidade às classes médias, ficando o sector privado para atender justamente os menos favorecidos. Não ocorre a estes pseudo-socialistas que seria mais justo que pagassem os que pudessem para financiar bolsas aos que não têm condições de pagar.
O capitalismo a tudo isso assiste impassível, quando não conivente com a crescente influência nos “media”, incluindo editoras, desta nova esquerda que procura desconstruir os valores da família, da cultura judaico-cristã, do capital e da harmonia racial, religiosa e moral, assim como a pregação de cobranças inusitadas em relação a minorias raciais, que adquirem certa imunidade para delitos puníveis em lei. São posturas totalitárias, que não permitem o contraditório. A maioria silenciosa omite-se e esta omissão é explorada para o avanço ousado.
A exploração da ignorância e seus subprodutos freudianos abre o caminho para a escuridão.
O que se passa na cabeça destes políticos e intelectuais? Acreditam no sucesso do socialismo? Acham que pode haver progresso sem investimento e lucro? O mercado não está intimamente ligado à democracia? Ganhar, poupar, investir e lucrar é nefasto à sociedade? Vive-se melhor onde? O que ganhou Cuba nestas seis décadas de ditadura e repressão? As esquerdas não abrigam corruptos? O que é justiça social, leis que garantem direitos ou as que garantem os empregos?
Os corruptos de esquerda são poupados quando não perdoados. Um momento estranho que vivemos em todo mundo. ■