PAULO COSTA PEREIRA

Consuma hoje, e talvez se pague amanhã. É esta a política que o Governo adoptou, e os resultados estão à vista. Estamos a comprar ao estrangeiro mais do que vendemos, e tudo com base no crédito fácil que António Costa incentivou, em detrimento de políticas de aumentos de ordenado baseados no investimento na economia e nas empresas.

As “boas notícias”, difundidas à exaustão pela máquina de propaganda do PS e muita da imprensa afecta, estão de volta. Mas quando se esmiúça os números, compreendemos como Portugal está de regresso aos maus hábitos do passado. Enquanto Costa e Centeno propagandeiam o seu baixo deficit, da Europa chegam outros números, que têm um cariz bastante menos positivo: Portugal está a voltar a ser uma Nação despesista e esbanjadora sem produzir o suficiente para compensar o que consome.

Face a 2016, Portugal aumentou em 14 por cento as suas importações de bens por estar a consumir mais, mas não produziu o suficiente para compensar os novos gastos. Pior, as nossas exportações, aquilo que nos ajudou a superar a última crise, apenas aumentaram 11 por cento, e hoje só cobrem quatro em cada cinco euros de produtos que compramos ao estrangeiro.

  • Leia este artigo na íntegra na edição impressa desta semana.